domingo, 9 de outubro de 2011

O NORDESTE QUE O TURISTA NÃO CONHECE.


         
          Muito se fala nas belezas naturais do nordeste brasileiro. Os roteiros dos diversos estados, da Bahia ao Maranhão atraem turistas do mundo inteiro. As paisagens inigualáveis e as praias paradisíacas, em contraste com o povo simples hospitaleiro, chamam a atenção de todos.

          Mas existe um nordeste que o turista não conhece que a sociedade brasileira não conhece. Não estou falando da seca ou da fome, nem da desigualdade social, porque disso qualquer cidadão certamente já viu, em reportagens na TV ou nos jornais. Realmente isso também chama a atenção e choca, provocando ora indignação ora comoção e piedade.

          O nordeste que poucas pessoas percebem é o que sofre com a seca espiritual da falta de Deus. O povo tem fome sim, mas da palavra de Deus; Tem sede sim, mas sede de justiça, não uma justiça social que se pratica dando cestas básicas, mas da justiça que quebra o jugo da escravidão do pecado, através da pregação do evangelho.

          A verdade que liberta, de graça, através de Jesus Cristo pouco é proclamada. Milhares de pessoas nunca ouviram falar de Cristo que deu sua vida por amor. A imagem do Jesus que morreu na cruz esta em quase todas as casas, em todas as paredes, por tradição ou modismo, como um objeto de decoração, ou até por identificação com a figura de um homem que sofre como eles, mas poucos sabem que o filho de Deus ressuscitou e que é o único caminho, verdade e vida. O triste é saber que sem Cristo a vida eterna desse povo será muito mais, imensuravelmente mais sofrida que essa vida na seca.

          Pesquisas realizadas por instituições comprometidas com a evangelização do povo nordestino, como a missão JUVEP (Juventude Evangélica da Paraíba), demonstram que nesses estados (Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão), em mais de 320 municípios apenas 3% da população conhecem a Deus. Na zona rural a situação é ainda pior, onde 0,6% conhecem o evangelho da salvação. Existem mais de 10 mil aglomerados humanos sem nenhum crente. Ao todo são 12 milhões de pessoas esperando que os liberte. Quem dará a água da vida para esse povo?

          Enquanto o nordestino clama por salvação, nós estamos, em nossas confortáveis igrejas, bebendo e comendo da palavra da melhor qualidade, ficando verdadeiros obesos espirituais, cheios de conhecimento da graça e da misericórdia de Deus, sem repartir desse alimento essencial para a vida terrena e eterna.


          Jesus quando subiu aos céus não fez um pedido a seus servos, Ele deu uma ordem: “Ide por todo mundo e prega o evangelho a toda criatura...”. Fazer missões não necessita de um chamado especial, trata-se de uma obediência. Precisa sim de um preparo e orientação específica para o local onde Deus quer nos usar.

"Seja um mensageiro autêntico do REI. Vamos pisar naquele chão lembrando vida, cura e transformação em nome de Jesus."

O sustento dos Missionários.

           Existem três modos de nos envolvermos com a obra de missões: primeiro, indo ao campo missionário; segundo, orando por aqueles que estão no campo; terceiro, sustentando o obreiro financeiramente. Todo o crente precisa, desde cedo, compreender o que a Bíblia ensina sobre a mordomia. Nós somos mordomos de Deus, ou seja, administradores de seus bens. Tudo o que existe no m...undo pertence a Ele: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam” (Sl 24.1). Deste modo, o corpo, a mente, o tempo, os talentos, os serviços, o dinheiro, as propriedades – tudo pertence a Deus. Quando nos dispomos a cooperar financeiramente com a sua obra, estamos simplesmente devolvendo-Lhe parte do que dEle recebemos. Deus recebe a oferta que oferecemos aos missionários, e se compromete abençoar-nos e suprir todas as nossas necessidades. As missões são sustentadas exclusivamente com as nossas contribuições. Se não contribuirmos, o Reino de Deus sofrerá.

A Bíblia nos ensina que aqueles que com sinceridade se dedicam à proclamação da Palavra de Deus devem ser sustentados pelo que, desse trabalho, recebem bênçãos espirituais: “O que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui” (Gl 6.6).
Os missionários e os obreiros em geral são sustentados financeiramente pela igreja. A fonte ou origem desses recursos é a própria igreja. Foi Deus quem estabeleceu que o crente contribuísse para que o seu povo tenha os recursos suficientes para a expansão do evangelho e manutenção da obra do Senhor. É sobre isso que vamos estudar hoje.

DÍZIMOS E OFERTAS

          1. Dízimos. O dízimo é a décima parte da renda de uma pessoa. À luz de 1 Co 16.2 é a contribuição financeira mínima que o crente deve oferecer para a obra de Deus.

          2. Ofertas alçadas. Além dos dízimos havia também as ofertas alçadas para fins específicos, como na construção do tabernáculo, no deserto (Êx 25.2). Convém lembrar que oferta alçada não é o mesmo que dízimo (Ml 3.10). Ambos são bíblicos e atuais, mas são diferentes. As ofertas alçadas são esporádicas, principalmente para construção de templos. Os dízimos são contínuos. O culto ao Deus verdadeiro, conforme encontramos em toda a Bíblia constituem-se dos elementos: oração, leitura das Escrituras, pregação ou testemunho, cânticos e ofertas.

COMO APOIAR OS MISSIONÁRIOS
1. O papel da igreja. Sãos os crentes que apóiam os missionários com suas contribuições, através da secretaria ou departamento de missões da igreja. A igreja ora, intercedendo por eles, e acompanha o seu trabalho através de relatórios escritos e também por meio de testemunhos de outros que visitam o missionário no campo. Esses responsáveis pelo sustento e pelo apoio espiritual devem entender também que fora do seu convívio a situação é muito diferente. Se não houver essa confiança, corre o risco de o trabalho no campo ficar travado.

2. Apoio aos missionários. O sustento missionário inclui alimento, vestuário, moradia, educação e saúde dele e da esposa e filhos. É necessário um estudo sobre o padrão de vida do país para onde vai ser enviado o missionário, a fim de que a igreja possa enviar o suficiente para o sustento dele. Nem sempre as igrejas têm acesso a essas informações, por isso existem inúmeras agências missionárias interdenominacionais, espalhadas no Brasil e em todo o mundo, com o propósito de orientar as igrejas.

CONCLUSÃO

           Nossos dízimos e ofertas são uma maneira de reconhecermos a soberania de Deus em nossa vida. A vontade de Deus é a salvação dos perdidos da terra (1 Tm 2.4). Para que essa meta seja alcançada, Deus conta com cada um de seus filhos, com todos os seus dons e talentos. O nosso apoio aos missionários deve ser a oração, contribuição através da igreja ou de sua secretaria ou departamento de missões, contato com eles por carta, telefone, Internet, etc.

Quando a vontade de Deus não é ouvida



Leitura diária: Miquéias 2.5-8
Leitura da Bíblia em um ano: Isaías, capítulos 14, 15 e 16

A reação contra a profecia de Miquéias vai ser muito grande. Os tempos em que viveu, nos reinados de Jotão, Acaz e Ezequias, principalmente este último, eram ainda de alguma grandeza do Reino do Sul, em Jerusalém, ainda que o Reino do Norte, em Samaria, já se esfacelasse. Assim, a sua palavra não era aceita nem bem recebida em hipótese alguma, a ponto de exclamarem os seus opositores:

"Não profetizeis; assim profetizam eles,
não se deve profetizar tais coisas; não nos alcançará o opróbrio"
(Mq 2.6).

Eles não queriam ouvir a voz de Deus na profecia de Miquéias. Ela era recriminadora a muito de seus atos e pensamentos e isto os irritava, pois queriam ouvir profecias que viessem ao encontro daquilo que planejavam e faziam. Assim, eles se opunham à mensagem do profeta do Senhor, pois esta, além de reprová-los, aconselhava-os a mudar toda uma forma de vida que haviam adotado e que lhes era agradável. Diante desta oposição, o profeta vai mais longe e indaga ainda convidando-os à reflexão e à mudança de procedimento: "e não é assim que fazem bem as minhas palavras ao que anda retamente?" Isto é, perguntava o profeta, se vocês estão vivendo de acordo com a vontade do Senhor, logicamente, as minhas palavras vão fazer bem e não mal a cada um de vocês. Se assim viverem, reta e dignamente, vocês não terão o que temer.

Escreve um dos comentaristas mais prestigiados: "Miquéias foi homem corajoso, dotado de fortes convicções e de rara fé pessoal. Suas características de caráter e de atitudes eram moralidade estrita, inflexível devoção à justiça tanto na lei quanto nas ações práticas e grande simpatia para com os pobres".

Será que temos crentes hoje segundo este perfil? Será que nossos líderes e pastores estão vivendo desta forma? Será que ainda temos homens de acordo com este retrato? Que em nossas igrejas e organizações possamos ver ainda homens e mulheres de Deus, vivendo de forma a honrar o perfil deste profeta, "menor" no título, porém, "maior" em sua estatura moral, social e espiritual. Que tenhamos novos "Miquéias" hoje, profetizando para o mundo aquilo que ele precisa ouvir.


Oração para o dia: Prepara-me, Senhor, para honrar o teu nome, vivendo dignamente diante da sociedade de hoje, para que todos possam ver a "beleza de Cristo" em mim.


http://www.batistas.com/index.php?option=com_content&view=article&id=134&Itemid=9